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sexta-feira, setembro 12, 2003
Dois pesos e quantas medidas? Vejo na TV um tal Dionísio Neto, ator (!) e diretor (!!) de teatro, dando entrevista enquanto traja uma camiseta vermelha com a estampa de Mao Tsé-Tung. Queria saber por que diabos se alguém sair na rua com uma camiseta com a cara do Hitler seria linchado - não só moralmente - enquanto com a do Mao, que matou tantas pessoas mais que o Adolfão, pode.
Acho que é pelo mesmo motivo que pode existir um partido comunista, mas não um nazista.
Flor de desinformação Uma das maiores besteiras que temos que suportar os jornalistas brasileiros, burros como só eles são, dizerem, é a de que "o Iraque antes não era uma fonte de terrorismo mundial, e agora, depois da invasão norte-americana, é." Será que esses energúmenos sabem que Saddam pagava quantias milionárias para cada homem-bomba palestino, e dava apartamentos luxuosos para seus familiares? Ou preferem ignorar isso? Ou será que isso não significa ser uma "fonte de terrorismo" pra eles?
A hipocrisia do terrorismo Israel tentou matar um líder do Hamas explodindo sua casa, localizada naquela pequena filial do inferno que costumam chamar de Faixa de Gaza. Rough, mas fazer o quê? Os costumeiros "inocentes" foram atingidos; mas me parece que a família de um terrorista militante, responsável por massacres periódicos de dezenas de inocentes, deveria saber que uma hora alguém ia tentar se vingar dele, e ele seguramente sabia que dormir ao lado de sua esposa e filhos significaria colocar em risco a vida deles.
Numa bizarra retaliação deste ciclo infindável, o Hamas promete atacar residências de civis israelenses - como se explodir casas de pessoas que nada têm a ver com as agressões do passado equivalesse a atacar a casa daquele que as comete. Diz lá um comunicado destes simpáticos freedomfighters:
"Alvejar casas civis é uma violação de todos os limites. Portanto, o inimigo sionista terá de arcar com a responsabilidade por nossos ataques contra prédios e casas sionistas em toda a parte da Palestina ocupada"
Ok. Ainda que eles estivessem certos - o que não estão, já que os ataques israelenses têm um alvo "não-civil", "não-inocente", e as bombas do Hamas apenas matam pessoas a esmo - me parece uma estranha filosofia: atacar ônibus e restaurantes cheios de civis pode. A casa deles não.