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sexta-feira, setembro 17, 2004
Le pays qui n'était pas sérieux Junichiro Koizumi, o primeiro-ministro do Japão, deu uma passada na América Latina essa semana; e uma das primeiras etapas, foi, claro, o Brazão, como sói a todos governantes que se submetem, pelos ossos do ofício, a fazer este triste Grand Tour de quinta categoria em nosso infeliz e sujo cantinho do Fim do Mundo. Em Brasília, claro, os espetáculos circenses de sempre: além daquela tradicional recepção efusiva do presidente Lula, com toda sua característica cordialidade, tão constrangedoramente brasileira, teve também a passagem de revista às tropas, a subida da rampa, seguidas provavelmente por algum brinde com cachaça (ou qualquer outra bebida de quinta) e as geniais metáforas futebolísticas de Sua Excelência. Após as extensas reuniões que se seguiram a esse prelúdio circense, os líderes dos dois países acertaram medidas de crucial importância, como o apoio mútuo à disputa por cadeiras permanentes no Conselho de Segurança da ONU, e discutiram idéias de relevância extraordinária, tais como criar mais empregos estatais nos dois países, sob a forma de um "conselho nipo-brasileiro de intelectuais". Mas o ponto alto mesmo da visita de Koizumi-san a Brasília foi o encontro com o maratonista Vanderlei de Lima - que imitou, diante das palmas do incrédulo japa e do nosso Pai dos Burros o "aviãozinho" - tava assim na Folha, juro - com que comemorou a entrada no estádio olímpico de Atenas depois de ter deixado, inexplicavelmente, de dar um belo murro na boca daquele irlandês desequilibrado que muitos gostam de chamar de padre.
Já no México, Koizumi foi recebido pelo presidente Fox, e assinou com ele um inédito tratado de livre comércio entre os dois países, que vai trazer empregos, lucro e outros benefícios impressionantes para a economia de ambos os países.
São estes pequenos detalhes, essas pequenas diferenças, que nos dão a exata dimensão da importância que o Brasil tem no mundo.