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sábado, dezembro 18, 2004
As-salaam aleikum? Não é por nada, nem religioso eu sou (acho que sou mais um agnóstico, até que me provem o contrário); e acho todas as religiões, sem exceção, responsáveis tanto por coisas sublimes quanto por outras hediondas. Mas é uma das maiores atrocidades já cometidas em nome de uma suposta e inatingível equivalência entre as culturas equiparar uma religião que diz "amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mateus, 5:44) e cujo líder máximo morreu pregado numa cruz sem erguer um dedo sequer contra os que o crucificaram, com outra, liderada por um pedófilo sanguinário que comandou militarmente um exército de mercenários assassinos, que prega absurdos como:
"Mohammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si. " (Sura 48, 29)
"Se vos atacarem um mês sagrado, combatei-os no mesmo mês, e todas as profanações serão castigadas com a pena de talião. A quem vos agredir, rechaçai-o, da mesma forma; porém, temei a Deus e sabei que Ele está com os que O temem." (Sura 2, 194)
"Ó fiéis, combatei os vossos vizinhos incrédulos para que sintam severidade em vós; e sabei que Deus está com os tementes." (Sura 9, 123)
"E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!" (Sura 8, 12)
"O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos" (Sura 5, 33)
"Entre os humanos, há aquele que disputa nesciamente acerca de Deus, sem orientação nem livro lúcido, desdenhoso, para assim desviar os demais da senda de Deus; sofrerá aviltamento neste mundo e, no Dia da Ressurreição, fá-lo-emos experimentar a pena da chama infernal." (Sura 22, 8)
As diferenças são estarrecedoras. Há uma superioridade moral indiscutível na fé cristã sobre a maioria das outras religiões, mas mais particularmente, sobre a islâmica. Enquanto Cristo, pregado na cruz, supostamente pediu a Deus que perdoasse os que o crucificaram, Maomé receitou que fosse feito o seguinte às tribos que disputavam com os muçulmanos a região de Meca e Medina: "Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Sura 9, 5) Ou seja, coisa de um mafioso scumbag de quinta categoria: fica quietinho e paga, ou morre, basicamente.
Não sei se sou eu, mas prefiro viver numa sociedade cujas leis tiveram suas origens numa religião que afirma, incondicionalmente, que não se deve matar, a outra que diz "não mateis o ser que Deus vedou matar, senão legitimamente; mas, quanto a quem é morto injustamente, facultamos ao seu parente a represália; porém, que não se exceda na vingança, pois ele está auxiliado (pela lei)." (Sura 17, 33).
Há ainda uma historinha muito elucidativa sobre o caráter de Maomé e da religião proveniente dele, num dos livros mais antigos sobre ele, o Sirat Rasul Allah (Vida do Profeta de Deus) - considerada por alguns a mais autêntica biografia do sujeito, escrita por Ibn Ishaq. Durante a conquista por Maomé e sua gangue de árabes de Khaibar, uma cidade habitada há séculos por judeus muito prósperos e ricos que se recusavam a se converter à nova fé, um judeu chamado Kinana Al-Rabi havia escondido um certo tesouro seu dos conquistadores muçulmanos, sob algumas ruínas. Todo dia, no entanto, Kinana ia ao lugar onde havia escondido o seu tesouro, e isso acabou por chamar a atenção de outro judeu, que, invejoso das riquezas de Kinana, denunciou-o a Maomé. Este, após perguntar pelo tesouro e obter uma resposta negativa, afirmou que teria de matar Kinana caso descobrisse ali algo; e, dito e feito, após alguns de seus capangas terem descoberto parte do tesouro, Maomé ordenou que Kinana fosse torturado com pedras e ferros em brasa e degolado. Este foram os atos do líder de uma religião que muitos ainda têm a cara-de-pau de chamar de "religião de paz", e defender como equivalente ao cristianismo, ao judaísmo, ao budismo, ao hinduísmo. É de revirar o estômago.