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Rafael/Male/26-30. Lives in Brazil/São Paulo/São Paulo/Itaim, speaks Portuguese and English. Uses a Faster (1M+) connection. And likes History/Arts.
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sexta-feira, janeiro 21, 2005

Em defesa da tirania
"O mundo inteiro deve colocar as barbas de molho. Como o conceito de tirania (como o de liberdade) é sempre relativo, Bush se sente autorizado a enviar os seus marines para qualquer ponto do mundo (nele incluído o Brasil), sob o pretexto de que a nossa liberdade é mais restrita e que o nosso sistema é tirânico. Não faltam pretextos: a miséria absoluta é uma forma tirânica de opressão.
A única forma de impedir isso é resistir à força com a força, como estão fazendo os militantes islâmicos no Iraque. Eles, sim, lutam pela sua liberdade, até mesmo a liberdade de preferir um tirano compatriota, como Saddam, a um libertador estrangeiro, como Bush
."

O vômito acima foi jogado em cima de mim durante uma navegada inocente pelas páginas do UOL, onde encontrei um site recheado de escatologias similares chamado Agência Carta Maior. Aparentemente, o jornalista responsável por assinar esse arremedo de texto acha que bandidos que degolam pessoas inocentes, que filmam execuções brutais de civis que nada tem a ver com o exército americano (inclusive funcionários de agências humanitárias), são freedom-fighters que representam legitimamente o povo iraquiano. O jornalismo brasileiro ainda está no tempo do mimeógrafo, intelectualmente. Por mais que exista gente burra inúmeras redações da Europa e EUA, não há nestes lugares nada que sequer chegue perto do delírio demente tão fora da realidade de algumas mentes que habitam este pedaço gigantesco de selva que Deus nos deu.

"Preferir um tirano compatriota, como Saddam" - essa frase resume friamente o modus cogitandi de algumas pessoas (as piores, claro) da esquerda. Preferem ditadores que oprimam o povo, persigam minorias, torturem e executem milhões de pessoas (e massacrem ocasionalmente uma ou outra aldeia, quem se importa?), mas que garantam privilégios a alguns poucos (membros do partido, jornalistas lambe-saco) do que qualquer coisa que tenha a ver com os EUA - incluindo aí uma liberalização que possa garantir, como somente uma democracia capitalista pode, verdadeiras chances de um futuro próspero ao país. E, como sempre, escondem essa metodologia egoísta e canalha sob a maquiagem vulgar de conceitos abstratos e canalhas como patriotismo, comunismo, e outros tantos -ismos.

O autor ainda cai, em outro trecho do texto, no conto de Tariq Aziz, o primeiro-ministro cristão colocado justamente pra mostrar a face "tolerante" de Saddam, incorrendo naqueles claros e clássicos sintomas de fragilidade mental, credulidade e ingenuidade excessivas; pois basta se examinar os números de cristãos e judeus que diminuíam a cada ano durante o fim do "reinado" de Saddam, e ouvir os relatos dos que ali permaneceram, para se ver que se há um paraíso de tolerância religiosa, ele dificilmente era o Iraque da era Hussein Tikriti.

Enfim, em vista disso tudo, das duas uma: ou o artigo é canalha, mal-intencionado - e mente de propósito, para conseguir o objetivo de conquistar mais mentes vazias para as hostes da Igreja Universal da Esquerda Internacional, ou é simplesmente fruto de mais um desinformado palpiteiro, desses que infestam as faculdades e redações do Brasil.

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