blogico
blogico


O Acidental
Agonizando
Anjos e Demónios
O Barnabé
Basilisco
Cabo Raso
carnavalesca
cartas do atlântico
Cataplum
Catarro Verde
Cerveja blog
chá das cinco
Claudio Humberto
Contra a Corrente
De gustibus non est disputandum
Diacrônico
Direita
Eduardo Carvalho
O Espectador
Filthy McNasty
Foretells
FYI
Gávea
H Gasolim Ultramontano
Homem a Dias
Janer Cristaldo
jardim de alhures
Jorge Nobre
JPCoutinhoCOM
Mark Steyn
marola
miniscente
Na cara do gol
Nariz Gelado
Not Tupy
Nove de Copas
Pensamentos Imperfeitos
Politicamente Incorreto
puragoiaba
Reinaldo Azevedo
Resistência
Rodrigo Constantino
Rua da Judiaria
As semanas
sic
Os suspiros de Salvador
A Torre de Marfim
A Última Ceia
Wunderblogs
Yabbai




e-mail
use moderadamente












Rafael/Male/26-30. Lives in Brazil/São Paulo/São Paulo/Itaim, speaks Portuguese and English. Uses a Faster (1M+) connection. And likes History/Arts.
This is my blogchalk:
Brazil, São Paulo, São Paulo, Itaim, Portuguese, English, Rafael, Male, 26-30, History, Arts.



sábado, setembro 10, 2005

A estatolatria
A capacidade do ser humano de tirar conclusões erradas dos fatos mais óbvios é estonteante. Acreditem se puder, há gente que acredita piamente que o caos e as mortes causadas pela passagem do Katrina podem de alguma maneira ser incorporados a uma crítica ao liberalismo, na medida em que tais desmandos teriam sido (segundo estas pessoas) uma prova do mal que a pouca presença (segundo estas pessoas também) do Estado na vida norte-americana teria ocasionado. Meu Deus, é espetacularmente óbvio que se trata exatamente o contrário - as cagadas antes, durante e pós-Katrina nada mais são do que um reflexo nítido do estrago que o inchaço estatal (especialmente a nível estadual e municipal) pode causar - e causou - e da incompetência completa dos burocratas, especialmente ao lidar com situações desta magnitude.
A multidão de pessoas que se dedicou a saques, tiroteios e estupros, por exemplo - ao contrário do que ocorreu em outros lugares atingidos por desastres naturais dessa magnitude, como por exemplo no tsunami da Ásia - tem uma relação evidente com políticas falidas de social welfare. Foi a prova definitiva, se é que era preciso de uma, de que ficar dando handouts de dinheiro pra alguém que não trabalhe - ao invés de utilizar esta dinheirama de outras maneiras que possam estimular o surgimento de novos empregos - acaba simplesmente encorajando as pessoas a não trabalhar, e ocasionando geração após geração de desocupados, desprovidos de ambições, acostumados a mamar na teta da grande e gorda babá estatal para sustentar todos os frutos de seu ócio.

Já toda a polêmica com a ineficiência do FEMA, a manutenção dos diques bem aquém do desejável, e a hesitação dos órgãos governamentais em como executar e coordenar os esforços de evacuação e resgate, só ilustra de maneira sensível algo que qualquer um que já teve que fazer algo simples, como retirar um documento numa repartição pública brasileira, sabe bem - a incompetência e a morosidade congênitas do funcionalismo público.

Me pergunto se o caso Jean também não ilustrou bem essa incompetência do Estado para tudo. Recorrer ao Estado deveria, num estado ideal, ser sempre a última alternativa. A crença infantil na onipotência do Estado, que tantos males já causou ao mundo, direta ou indiretamente - a lista varia de sistemas burocráticos e inchados que empregam milhares de funcionários overpaid e incompetentes ao mesmo tempo em que submete os cidadãos que pagam por esse Estado a filas gigantes, esperas intermináveis e serviços de quinta categoria, até sistemas totalitaristas que massacraram milhões de pessoas, como nos países comunistas - já pode acrescentar mais algumas contribuições lamentáveis para seu péssimo histórico.

Placeholder footer data here. Powered by Blogger!