blogico
blogico


O Acidental
Agonizando
Anjos e Demónios
O Barnabé
Basilisco
Cabo Raso
carnavalesca
cartas do atlântico
Cataplum
Catarro Verde
Cerveja blog
chá das cinco
Claudio Humberto
Contra a Corrente
De gustibus non est disputandum
Diacrônico
Direita
Eduardo Carvalho
O Espectador
Filthy McNasty
Foretells
FYI
Gávea
H Gasolim Ultramontano
Homem a Dias
Janer Cristaldo
jardim de alhures
Jorge Nobre
JPCoutinhoCOM
Mark Steyn
marola
miniscente
Na cara do gol
Nariz Gelado
Not Tupy
Nove de Copas
Pensamentos Imperfeitos
Politicamente Incorreto
puragoiaba
Reinaldo Azevedo
Resistência
Rodrigo Constantino
Rua da Judiaria
As semanas
sic
Os suspiros de Salvador
A Torre de Marfim
A Última Ceia
Wunderblogs
Yabbai




e-mail
use moderadamente












Rafael/Male/26-30. Lives in Brazil/São Paulo/São Paulo/Itaim, speaks Portuguese and English. Uses a Faster (1M+) connection. And likes History/Arts.
This is my blogchalk:
Brazil, São Paulo, São Paulo, Itaim, Portuguese, English, Rafael, Male, 26-30, History, Arts.



terça-feira, setembro 06, 2005

The fingerpointing vultures
A histeria dos armchair generals e monday morning quarterbacks brazucas aumenta a cada imagem de sofrimento que nos chega da Lousiana e do Mississipi. (Aliás, a quantidade de "entendidos" que se encontra no Bananão a cada acontecimento mundial - tanto no campo militar como na área de desastres naturais - é tanta que chego a ficar aliviado, sabendo que nosso país estará seguro no caso de qualquer eventualidade, seja ela uma invasão estrangeira ou um desastre natural de proporções bíblicas.) Até mesmo na nossa imprensa, a única voz sensata de que tomei conhecimento veio d'além-mar.

"Não existe nenhuma relação comprovada entre aquecimento global e furacões desta magnitude. Sorry, patrulhas. Na década de 1950, e de acordo com o "Times" londrino, os Estados Unidos foram atingidos por 37 tempestades violentas. Na década de 1990, por apenas 19. É provável que o aquecimento global, sobre o qual não existe ainda definitivo consenso, reforce a intensidade dos furacões. Mas até isso é discutível: na década de 1950, dez furacões apresentaram valores extremos. Na década de 1990, apenas cinco. A ciência, ao contrário da fé, se discute.E sobre os homens no Iraque, nenhuma atenção aos números: segundo o "The Wall Street Journal" da passada semana, a Guarda Nacional do Louisiana enviou 3.000 homens para o Médio Oriente. Em Nova Orleans, ficaram 8.000, sem contar com os milhares de reforços dos estados vizinhos. Três mil homens não param ventos e não colhem tempestades.

Nada disto significa ausência de erros. Houve negligência local, estadual e federal, sim, apesar dos constantes apelos para que as populações abandonassem a cidade. A ajuda também demorou a chegar --incompetência grave, sobretudo num país com riqueza fahrenheit. E a falta de investimento no reforço dos diques --uma constante ao longo de vários governos-- foi uma sucessão silenciosa de pequenos crimes contra uma cidade construída em local vulnerável, corria 1718.

Mas o fanatismo continua, indiferente a pormenores. E continua porque encontrar um responsável --seja Deus, seja Bush-- tranqüiliza a nossa condição. Ou, dito ainda de outra forma, acreditar na responsabilidade de Deus, ou de Bush, permite iludir a verdade mais cruel: séculos e séculos de "humanismo" ocidental e continuamos a ser material dispensável quando a natureza desperta para nos devorar. Não há ego que resista à marcha fúnebre de Nova Orleans
."


João Pereira Coutinho, na Folha - encontrado, como o último post, de maneira Acidental.

Placeholder footer data here. Powered by Blogger!