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terça-feira, novembro 08, 2005
Jornalistas bundinhas, um debate bunda-mole, e um presidente bundão É um insulto à inteligência da população brasileira - se é que isso existe - que Lula queira que alguém acredite que ele julga a oposição composta por "malvadões", gente intrinsecamente perversa, que "não quer que o país cresça". E também custa-me crer que alguém que ocupa tão elevado cargo possa ser tão ingênuo a pouco de acreditar nisso. A entrevista d'El-Rei não passou disso: um exercício retórico, absolutamente vazio. Lula não conversou com os jornalistas presentes; praticamente discursou, adotando em suas respostas o mesmo tom panfletário, gritado, que usaria num palanque, ou numa propaganda política na tevê. Esquivou-se como pôde de responder às questões mais incisivas (obviamente aquelas relacionadas à corrupção) com muita retórica da mais chinfrim - caiu em contradição inúmeras vezes, algo que qualquer entrevistador com um mínimo de talento teria explorado com facilidade. Mas a aparente falta de disposição dos "jornalistas" ali presentes - todos, com exceção do Augusto Nunes, poderiam no máximo ser considerados repórteres, ou apresentadores de telejornal, e não jornalistas propriamente ditos - que ali estavam em incomodar Sua Majestade com perguntas mais pontiagudas (?) foi um presente divino pra Mr Da Silva. Em circunstâncias tão propícias, o cabra se saiu bem. Sem jamais ter sido duramente contestada, sua demagogia - cara-metade do completo despreparo e desinteresse do eleitor brasileiro - e sua retórica de sindicalista voltam a ameaçar conseguir reelegê-lo, a despeito do escandaloso e inadmissível saque cometido aos cofres públicos pelos seus business associates.