blogico
blogico


O Acidental
Agonizando
Anjos e Demónios
O Barnabé
Basilisco
Cabo Raso
carnavalesca
cartas do atlântico
Cataplum
Catarro Verde
Cerveja blog
chá das cinco
Claudio Humberto
Contra a Corrente
De gustibus non est disputandum
Diacrônico
Direita
Eduardo Carvalho
O Espectador
Filthy McNasty
Foretells
FYI
Gávea
H Gasolim Ultramontano
Homem a Dias
Janer Cristaldo
jardim de alhures
Jorge Nobre
JPCoutinhoCOM
Mark Steyn
marola
miniscente
Na cara do gol
Nariz Gelado
Not Tupy
Nove de Copas
Pensamentos Imperfeitos
Politicamente Incorreto
puragoiaba
Reinaldo Azevedo
Resistência
Rodrigo Constantino
Rua da Judiaria
As semanas
sic
Os suspiros de Salvador
A Torre de Marfim
A Última Ceia
Wunderblogs
Yabbai




e-mail
use moderadamente












Rafael/Male/26-30. Lives in Brazil/São Paulo/São Paulo/Itaim, speaks Portuguese and English. Uses a Faster (1M+) connection. And likes History/Arts.
This is my blogchalk:
Brazil, São Paulo, São Paulo, Itaim, Portuguese, English, Rafael, Male, 26-30, History, Arts.



sábado, outubro 20, 2007

Em defesa dos truta
Que Bráulio Mantovani, roteirista de Cidade de Deus e Tropa de Elite não é alguém dotado de um intelecto muito privilegiado, qualquer um que viu estes filmes já sabia; a quantidade de furos nos seus roteiros demonstra no mínimo uma falta de contato ou um desprezo completo por detalhes ínfimos como lógica e realidade.

Hoje, numa entrevista na Folha, Bráulio saiu repetindo clichês como se fosse um dos ONGuistas do seu próprio filme. Entre outras barbaridades, diz que a culpa pela violência é das "classes privilegiadas" (clichê alert); por pagarem salários de fome (sic!) para seus porteiros, empregadas e faxineiros, policiais e professores, devem se conformar em ser assaltados e agradecer por estar vivos. Bom, last I checked não eram professores, empregadas e porteiros que cometiam sequestros-relâmpagos, nem eram mortos de fome que saíam assaltando por aí (pelo contrário, a se julgar pelo porte físico, muitos dos bandidos são mais bem-alimentados que eu). Mas Bráulio prefere ressucitar o cadavérico lugar-comum de que "a culpa é da pobreza", porque, afinal de contas, ele é "artista" e, portanto, mais antenado, descolado, e conhece mais da realidade dos correrias que eu ou você, da elite perversa.

Mais adiante, na entrevista, ele manifesta uma certa preferência pelos traficantes à polícia, porque, segundo ele, "em alguns casos, é possível conversar com os traficantes. Com a polícia, salvo engano de minha parte, essa possibilidade não existe." Waaal.

Falar o quê? É aquele velho complexo de culpa que acomete a metade esquerda das elites brasileiras, esse masoquismo tão típico da nossa classe média "bem-pensante". Sentem-se tão culpados por tudo, os pobrezinhos, até mesmo pela canalhice e falta de caráter dos outros. Coitados. Acabam eles próprios passando por canalhas.

Placeholder footer data here. Powered by Blogger!