This is my blogchalk: Brazil, São Paulo, São Paulo, Itaim, Portuguese, English, Rafael, Male, 26-30, History, Arts.
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Selvagens-não-muito-nobres É engraçado ver a felicidade estampada na cara destes líderes débeis-mentais de países do terceiro mundo, com cara de índio e cérebro de macaco, como Lula, Evo Morales, Hugo Chávez e aquele babaca do Equador que usa puffy shirts. Todos triunfantes com o que julgam ser uma crise mundial que vai varrer os países capitalistas do mapa e transformar a eles próprios, estes selvagens tão pouco nobres, nos novos líderes mundiais. Lula, provavelmente depois de umas doses da "marvosa", saiu falando de boca cheia que o "deus mercado" quebrou.
Enquanto os países deles chafurdam na merda da corrupção, do subdesenvolvimento, da criminalidade, da canalhice e da jogatina política de quinta categoria, estão tão afundados nas suas demagogias e ideologias estúpidas que realmente acham que conseguem desviar o foco de sua própria incompetência criticando países que continuam com economias mais sólidas e sociedades mais honestas do que todas as repúblicas de bananas da América Latina juntas - e continuariam em melhor situação que nós, mesmo que que essa "crise" perdurasse por mais cem anos.
É mais ou menos como ver o faxineiro, favelado e desdentado, que vive de aluguel num barraco na estrada do M'Boi Mirim com a mulher gorda horrorosa e os doze filhos, todos com barriga d'água e saquinho de cola na mão, tentando tirar sarro do dono milionário e bem-sucedido da empresa onde ele trabalha, que chega todo dia num carro importado, mora numa mansão com sua mulher espetacularmente bela e viaja todo mês para o exterior, porque este teria perdido um de seus milhões em alguma operação arriscada na bolsa.
Para ficar nas metáforas futebolistas pedestres do barbudo cachaceiro, é mais ou menos como se o torcedor daquele time que ano sim, ano não é rebaixado, tirando sarro do outro que vence o campeonato ano sim, ano não, apenas porque este perdeu uma partida.
Idiaustrofobia Conheço muita gente que tem medo de ficar preso sozinha no elevador ou em qualquer outro lugar. Não é o meu caso, graças a Deus. Aliás, acho que sou uma das pessoas mais toleráveis para se ficar preso num recinto, já que, acima de tudo, sou um cara quieto - então não me importaria muito com minha presença.
Agora, o que realmente temo - acima de todas as outras coisas, ouso até dizer - é ficar preso num lugar com um camarada que tem consigo um baralho ou tabuleiro de xadrez e, o que é pior, quer jogar para passar o tempo. Nada me traz mais horror do que a perspectiva de suportar uma partida de baralho ou xadrez. Passarei a torcer intensamente para que o elevador despenque poço abaixo - comigo dentro e tudo - apenas para que o mundo se livre de mais um praticante destas tão abomináveis atividades.
How to spot an idiot Em dúvida se aquele seu conhecido é idiota? É fácil identificar. Basta pedir para ele pronunciar o primeiro nome do novo presidente americano. Se ele disser "Bárack", acentuando a primeira sílaba do primeiro nome, ecce homo - ou melhor, ecce idiota.
Há um jeito ainda mais fácil: pergunte se ele teria votado no tal candidato. Como 90% dos brasileiros, se ele responder que "sim", ou, pior, "claro", está aí um idiota. E dos grandes.
O brilho no olho do William Bonner - emocionado, ao anunciar no Jornal Nacional a vitória de Obama - disse volumes sobre a estultice humana.
Eloá, Eloé, Eloí, Eloó, Eloú O cada vez mais irrelevante Reinaldo Azevedo agora deu, em sua cruzada tucano-papista (copyright Janer Cristaldete), para defender a ação da polícia no caso lá dos reféns de Santo André, Eloá e Lindemberg ("where do they get these names?").
Aí acho que a lambeção de saco ao governador chegou no limite. Defender (e até elogiar!) a ação de uma polícia que a) permite que um refém volte ao cativeiro e b) termine o sequestro com o sequestrador ileso e duas reféns baleadas, só pode ser burrice ou canalhice. Take your pick.
A festa da democracia tupiniquim - ou "vota, filhadaputa!" Tenho nojo de um país que obriga seus cidadãos a votar. Que subverte a democracia, transformando-a numa ditadura.
Mas tenho ainda mais nojo de quem não vê nada de errado com isso. De quem simplesmente se resigna a ser obrigado, com as baionetas do todo-poderoso "juiz eleitoral" (whoddafuck?), a fazer algo que não quer. A exercer um direito como se um dever fosse.
Brasileiro acha que desobediência civil é passar a mão na bunda do guarda no Carnaval. Somos um povo fundamentalmente podre, desprovido de valores e de honra.
Os "economistas" do ressentimento Muita gente relinchando por aí que a culpa da crise americana seria o liberalismo excessivo da economia daquele país. Exultam, com a baba rútila no canto da boca e o sangue gotejando dos dentes, felizes: é o fim do liberalismo!
É uma opinião tão burra quanto dizer que a culpa pelo assaltante que lhe roubou ali na esquina é da liberdade de ir e vir que todos nós temos.
Uma vela pela família Haran Há algo de fundamentalmente monstruoso numa religião que permite que Samir Kuntar, sujeito que esmagou propositalmente o crânio de uma menina de quatro anos contra uma pedra, depois de esfaquear seu pai na frente dela, seja recebido como herói.
Há algo de monstruosamente vergonhoso num país que permite que este sujeito seja trocado por cadáveres de nações amigas, envolvidas numa guerra contra auto-declarados terroristas.
Há algo de vergonhosamente covarde num mundo que deixa que isto aconteça.
----
O Líbano, o mesmo bom o velho Líbano, que nos deu Paulo Maluf e Naji Nahas, está doente. E precisa de sua ajuda.
Ladies and gentlemen, o povo brasileiro: Notícia na Folha Online hoje sobre a prisão do casal Nardoni: A maioria das pessoas que aguardaram a prisão mora ou trabalha perto do prédio. É o caso da costureira Áurea Custódia de Oliveira, 56, que deixou uma roupa na máquina assim que soube do que chamou de "desfecho do caso". "Se não prendesse, iria virar festa. Todo mundo ia começar a matar pensando que pode."
O double-standard da perifa Gostaria muito de entender porque a baianada que está cercando a casa do tal do Alexandre Nardoni lá (o cara que jogou a filhinha, Isabella, pela janela) não age com a mesma revolta com os bandidos que infestam suas favelas (e, muitas vezes, suas próprias casas).
"Ora, cale a boca!" A modelo e apresentadora Ana Hickmann, fazendo um programa (de tevê, de tevê) em Lisboa: "A torre de Belém foi fundada em mil oitocentos e pouco para defender a região dos piratas".
Depois, ao sair da padaria que supostamente inventou aquele célebre pastel de natas: "os pastéis de Belém que você come na sua padaria aí no Brasil provavelmente vêm daqui."
Pelo genocídio Este blog apóia o extermínio dos motoboys de São Paulo. Colabore você também. Se cada motorista conseguir derrubar e inutilizar um por dia, breve esta será uma cidade mais tolerável.
"I hope he has the opportunity to meet Karl Marx very soon", teria dito o McCain sobre o Fidel Castro. Comentário idiota, claro. O certo seria esperar que essa bosta de ditador se encontre logo com Stálin e Mao Tsé-Tung.
O jornalismo brasileiro enquanto tradução "Explosão destrói flat em Londres e deixa 1 ferido", diz a manchete do UOL. Flat destruído? Que curioso. Resolvo seguir o link. Aparece uma foto de prédios destruídos, com a seguinte legenda: "Equipes de resgate trabalham em conjunto de flats a oeste de Londres, na Inglaterra..."
Será que alguém poderia avisar a redação do UOL que "flat", no inglês da Inglaterra, significa "apartamento"?
Ou nem todos os brasileiros... Muito mal contada a história do promotor que encheu o motoboy de tiro lá perto do Ibirapuera. Claro que eu jamais me oporia a alguém encher enfiar bala em assaltante ou motoboy, mas existem alguns pontos muito estranhos nisso tudo.
Primeiro, pela obviedade do absurdo que é alguém disparar 11 tiros para se defender; segundo, os tais Rolex que convenientemente encontraram no baianinho, que teriam sido roubados dias antes do crime -- e que tipo de assaltante seria idiota a ponto de roubar algo tão valioso e ficar andando com estes produtos do roubo durante dias? E, por último, o sujeito não só é promotor, o que já denota hedionda falha de caráter (comum a todos que cursam ou já cursaram direito), mas tem dois irmãos policiais, para quem ele teria ligado logo após descarregar no maluco sua arma de uso restrito das forças armadas. Neste país, onde a escória da sociedade veste farda e recebe arma e carta-branca do governo para pagar de autoridade por aí, confio muito mais em motoboy ou assaltante que em parente de policial.
O brasileiro adora sua CG Neste momento centenas de motoboys interrompem a Marginal Pinheiros em "protesto"; onde está o nosso Sarkozy para meter bala nessa macacada?
Motivos para São Paulo se separar do Brasil, parte II: Cariocas (sempre eles!) dizem: - Guarda-vidas - Dever de casa - Merenda - Amigo oculto - Barraca em vez de guarda-sol
Quem é que escreve o texto da retrospectiva da Globo? E aquela trilha sonora, meu Deus, quem é o responsável por aquilo? Em verdade vos digo, o chicote é pouco para esses camaradas.
Coisa de maluco Que tipo de gente usa Rolex? Digo, independente da palhaçada que já é uma pessoa querer correr risco de vida só para mostrar que é podre de rica num país podre de miserável -- me refiro ao fato de usar o relógio por si só. Quão boçal tem de ser uma pessoa para colocar um cebolão dourado gigantesco no pulso e sair desfilando por aí?
Aliás, o uso do próprio relógio de pulso -- não importando a marca -- já é algo que denota o idiota, como a bermuda e o chapeuzinho de hélice. Ainda mais numa época em que todo mundo pode ver a hora tranquilamente no celular que está em seu bolso ou na bolsa.
Dá pra entender que foi a pedido de um brasileiro que o Cartier projetou o primeiro relógio de pulso; há qualquer coisa de indígena em se andar por aí uma rodela de metal amarrada no pulso.
Seriado Roma na tevê, dia desses. Uma bela porcaria, o seriado, aliás; juntou algumas das piores atuações dos últimos tempos com um roteiro constrangedor de tão ruim. Infanto-debilóide. Mas eu ia falar mal da Net. A um certo ponto mencionam no seriado o Aventino, uma das sete colinas sobre as quais Roma foi construída. Na legenda, Aventine. "Há uma confusão em Aventine", ou qualquer coisa do tipo, dizia o sujeito -- assim, sem artigo, como se falasse de um planeta do Guerra nas Estrelas. Não fiquei no canal o suficiente para saber se o Júlio deles era Caesar ou César.
Onde eles acham as pessoas que fazem essas legendas?
Vaso ruim não quebra Na Folha, Niemeyer analisa os seus 100 anos: "Um dia a vida será mais justa".
Sim. Esperemos que sim. Um dia, arquitetos de quinta não ganharão milhões nem ficarão famosos por fazerem prédios horrorosos, verdadeiros atentados à estética que se revelam absurdamente desconfortáveis para quem os frequenta. Um dia, comunistas, maoístas e stalinistas hipócritas ouvirão tudo aquilo que merecem, e não apenas elogios e loas de uma imprensa baba-ovo, fruto direto de um país covarde ou idiota o suficiente para não recriminar um homem que defende publica e descaradamente tiranos e assassinos. Um dia, estes mesmos hipócritas que tanto pregam a igualdade poderão abdicar de suas coberturas na avenida Atlântica e doar o dinheiro dela aos pobres e oprimidos do mundo (ou quem sabe convidá-los a dividi-la com ele?) e assim provar que realmente carregam a igualdade no coração, e não apenas na ponta de suas línguas.
É, Oscar. Um dia o mundo há de ser mais justo. Esperemos.